segunda-feira, 31 de agosto de 2009

De bobeira...

Ódio esperava pelo Amor no alto de sua impaciência. Estava ficando mais irritado e por um, momento, pensou em espancá-la com todas as suas forças. Com suas roupas vermelhas, seu rosto estava ficando igual de tanto nervoso. Andando de um lado para o outro, já estava pensando em ir embora, quando Amor chega:
-Oi! Diz ela singelamente
- Já não era sem tempo! Não vê a hora que chegou? Temos que ir andando...
- Eu estava me arrumando... Para você.
- Como se eu quisesse olhar para você algum dia. Eu sou obrigado a fazer isso. Vem, vamos embora. Estamos perdendo tempo.
- Desculpa.
- Eu só não te bato agora, por que estamos sem tempo nenhum e não estou a fim de gastar mais nada...
Ele pega Amor pelos braços violentamente e andam um pouco. No meio do caminho, encontram a Sabedoria:
- Vocês demoraram muito. Não sei se vai dar tempo.
- É culpa dessa garota.
Amor tinha ficado triste. Nutria um amor gigante por Ódio e não sabia como conquistá-lo.
- Vamos andando. Diz a Sabedoria no alto de sua idade e seus cabelos brancos.
Andando entre as folhagens, eles chegam aonde queriam. A frente, Íris sentava num tronco seco, esperando por Adamastor.
- Esperamos para ver no que vai dar.
Ela chorava. Um tempo depois, chegou Adamastor, sério, frio seco. Os dois tinham sido namorados e por causa de gente invejosa, fizeram os dois se separarem por coisas que não existiam. Adamastor acreditou e nunca deu a chance de Íris tentar se explicar o que quer que fosse.
Escondidos, os três, ouviam Íris e Adamastor:
- Por favor, querido, você tem que me ouvir, pelo menos uma vez.
- Não sei se devo. Acho que não posso acreditar em você. Vim por que não tem mais como continuar com isso.
- E você vai acabar com uma coisa tão bonita, por pensamentos ignorantes?
- Tenho meus motivos. E se um dia, eu quiser te ouvir de novo, eu te ligo.
- E se não der tempo?
Ao longe, escutando tudo, Amor diz para Sabedoria:
- Devemos intervir? Está na cara que os dois se amam. Ele só está magoado.
- Não. Calma... Vamos ver como vai ficar!
- Adeus, Íris.
- Adeus.
Íris chorava ainda mais. Tinha sido vítima da inveja e da intolerância. O que podia fazer para acabar com tudo aquilo? Não tinha ideia.
Sabedoria chamou Ódio que olhava com pleno desprezo para Amor e diz:
- Os dois se amam muito ainda. Melhor chamar o Tempo. Ele saberá o que fazer...

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